"Se não é pela arte, pra que a alma pesando o corpo?" - Caio Soh

domingo, 17 de outubro de 2010

Brasília + Poesia sem nome nº06

Respirei Ares de Brasília.
Pisei em solo brasiliense.
Me senti um pouco mais brasileira.
Meu coração se encheu de árido e concreto.
Brasília,
suas luzes,
suas ruas, retas, paralelas, congruentes,
cortam teu seio como fios de alta tensão por onde corre o sangue brasileiro,
por onde fluem calmamente os ares secos e ríspidos de você.
Estar em Brasília não é como estar em nenhum outro lugar no mundo.
É sentir-se pequeno diante da maestria do arquiteto,
que rege vigas como quem rege sóis e lás e rés.
O arquiteto que abrigou o coração do país, construiu suas veias.
Essas veias em formato de avião.
Fazem sonhar o futuro, alçar novos vôos sob teu céu azulado.
Ah, Brasília, centro do Brasil.
Coração Brasileiro.
Luzes públicas que corrompem a escuridão da noite brasiliense.
Nosso avião sobrevoa calmamente seus satélites.
E com o silêncio tão inerente a partida.
Me despeço de teu solo, oh, mãe gentil,
Brasília.

Nenhum comentário:

Postar um comentário