"Se não é pela arte, pra que a alma pesando o corpo?" - Caio Soh

domingo, 28 de julho de 2013

Fugiste de mim

Fugistes de mim
Saístes a tragar outra verdade
Pode ser que tenha sido a sua verdade, mas não era a minha.
A minha verdade era você, e fugistes.
Tenho medo, assim como todos têm medo.
Mas não o tenho por aquilo que dirás,
Mas sim por tudo aquilo que silencias,
Silencias os meus gritos, o nó na minha garganta,
Silencias a impossibilidade.
Silencias os erros e as perfeições,
Silencias o estar, o ser, o saber.
E foges silencioso.
Não sei porque foges, mas foges.
E a cada tragada da sua verdade,
Deixa um pouco mais das outras verdades para trás.
E foges aí em sua verdade,
Me deixando sozinha, como na verdade, eu sempre fui.


(versão original em espanhol)

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